sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Já não há empregos para toda a vida

Em meados de 2003 iniciei funções na editora Verlag Dashöfer.

Tinha na altura 24 anos de idade e vinha de uma experiência profissional na qual não tive a oportunidade de mostrar totalmente o meu valor.

A Verlag Dashöfer, foi na altura uma rampa de lançamento e ao mesmo tempo de salvação, pois caso contrário iria trabalhar para um call center. Não querendo minimizar o trabalho de call center, apenas não era a minha área profissional.

Como já não há empregos para toda a vida, termina um ciclo de 7 anos, 8 meses e 24 dias essencialmente de dedicação e luta diária.

Foi um período onde aprendi imenso. Tive a oportunidade de trabalhar com profissionais/colegas/pessoas que guardarei com muito carinho e grande referência, mas mesmo as que «passaram ao lado» contribuíram para o meu amadurecimento como profissional e como pessoa. O meu muito obrigado a todos.

A partir do dia 15 de Novembro irei iniciar funções noutra empresa com toda a minha energia e dedicação.

"You need a plan to build a house. To build a life, it is even more important to have a plan or goal."
Zig Ziglar

PG

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Concertos ao Fim da Tarde: Jorge Palma

Ontem fui até ao Teatro da Trindade em jeito de matiné à moda antiga assistir a um concerto do grande Jorge Palma.

Estava marcado para as 18 horas e 30 minutos e ao contrário das expectativas gerais apenas teve um atraso de 15 minutos.

O Jorge entrou em palco na sua figura já habitual e desde logo, agarrado à viola, mostrou que o concerto iria estar carregado de emoção.

Jorge Palma no Trindade

O seu estilo inconfundível ficou evidenciado aquando da música «Voo Nocturno» levando o público a comunicar com ele e dar-lhe já o habitual apoio e afecto.

Seguiu-se a fase do piano.

Jorge Palma no Trindade

Abriu esta parte, a minha preferida pois na minha opinião é um dos melhores artistas ao piano, com o famoso «Bairro do Amor».

Jorge Palma–Bairro do Amor

Realizou apenas um encore, pois o tempo estava bem contado e o objectivo pelo que percebi era que este fosse um momento intimista e não um concerto na sua essência natural. Resultou muito bem na minha opinião.

O ponto alto para mim foi quando cantou ao piano a maravilha que é a «A Gente Vai Continuar»

«Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar
E enquanto alguns fazem figura
outros sucumbem á batota
chega a onde tu quiseres
mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p´ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p´ra andar
enquanto houver ventos e mar 
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar

todos náo pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo»

É brilhante.

PG