sábado, 25 de maio de 2013

RIP Manchinha

Independente, carinhosa, carente, brincalhona, aventureira, protectora, curiosa, medrosa, fugidia, teimosa, companheira, ...

Foste isto e muito mais. Ficaste no coração de quem conviveu contigo e de quem pouco te conheceu. Ainda há três dias dormiste comigo... Achei estranho... Muito estranho... Afinal, era a tua forma de te despedires...

Hoje nem forças tiveste para olhar para mim com esse teu olhar meigo e ao mesmo tempo fulminante, como que sempre a desafiar um 'vamos ver quem desiste primeiro'. Não consegui ficar muito tempo a ver-te ali a sofrer, espero que compreendas.

Obrigado por tudo.

 

PG

 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ainda não foi desta

O Benfica jogou muito melhor, teve oportunidades de golo, mas simplesmente foi perdulário e trapalhão. Mostrou falta de experiência para os momentos decisivos - e esta época ficou marcada por dois desses momentos.

Para o ano há mais.

SLB forever.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Mudar...

"... Queres mesmo mudar?

Mudar uma vida consiste em mexer em tudo o que está mal. Mas mudar uma vida consiste, mais ainda, em mexer em tudo o que está bem.

O que está bem faz-te mais mal do que o que está mal. O que está mal é meio caminho andado para chegares ao que está óptimo. O que está mal é tão imperfeito que é meio caminho andado para chegares ao que é perfeito. O que está mal deixa-te desconfortável, faz-te sofrer, faz-te querer mais, faz-te querer melhor, faz-te desejar a mudança: faz-te, mais ainda, operar a mudança. O que está mal faz-te, muitas vezes, bem.

É o que está bem que te faz mal. O que está bem faz-te acreditar que aquilo, o que está bem, está bem assim. Mas não está. O que está bem nunca está bem assim: nunca está bem só assim. O que está bem dá-te a ilusão de que não podes ter mais ilusões, de que é aquela a maior ilusão a que tens direito. E isso impede-te de te vires a direito por prazeres tortos. E nada está mais mal do que ficar saciado com o que é bom.

Viver, viver de verdade, viver como viver vale a pena, consiste em mandar bugiar o que está bem, em mandar dar banho ao cão aquilo que te deixa satisfeito sem te deixar extasiado.

Esquece a satisfação. A satisfação é uma merda quando comparada com a euforia. A satisfação é uma merda quando comparada com o êxtase. Prefere o orgasmo. Prefere o clímax. Prefere sair do que te deixa seguro.

A segurança absoluta é uma seca absoluta. Ousa tocar a linha vermelha. Ousa espreitar para além da linha vermelha.

E depois avança. Avança sem medo. Sente o medo de perder tudo. É a sensação de que podes perder tudo que, tantas vezes, vale por tudo. Ousa cair para teres o prazer de te levantares, ousa sofrer para teres o prazer de vencer, amar para teres o prazer de te dar, zangar para teres o prazer de apaziguar, sangrar para teres o prazer de sarar.

Ousa recusar ser o bonzinho, o regularzinho, o modelozinho.

Prefere ser o que só está bem quando não está bem: o que só está bem quando está óptimo. E o que só está óptimo quando está perfeito.

Recusa dar um passo atrás para dar um passo à frente; prefere dar um passo à frente para dar um salto ainda mais à frente.
Prefere saltar. Porque saltar, fixa bem isto, é a única maneira de voar sem precisar de pagar. Prefere mudar. Porque é assim, sempre assim, que se começa uma mudança."

Pedro Chagas Freitas


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pela noite dentro

Olha para o relógio, já passava da hora. À sua volta diferentes emoções vagueiam pelas mentes presentes e de uma forma ou de outra cruzam-se em pontos comuns.
Está resolvido, urge a necessidade de exercitar a mente e o corpo. Felizmente não foi o único.

O corpo ficou massacrado - objectivo cumprido, já a mente não se libertou, a incerteza continua presente e não há meio de dar lugar a uma decisão.

A noite já está presente com todo o seu esplendor, as ondas do mar rebentam suavemente e é o único som presente - o tempo parou.

No relógio passaram duas horas... Apenas as estrelas e o mar se arriscam a marcar presença. A àgua do mar está simplesmente apetecível e a convidar a um mergulho prolongado.
Resolve tirar as sapatilhas e arregaçar as calças. A sensação ao sentir os seus pés mergulhados na água morna e na areia é revigorante, libertadora...

Ao fundo o farol dá sinal. Está na hora da faina. Alguns barcos fazem-se ao mar. Segue a esperança de trazer sustento daqui a mais umas horas.

"Boa noite, não é um pouco tarde para estar aqui sozinho?"
"Aqui é tão bom quando queremos estar sozinhos."
"Tens razão rapaz! Mas tem cuidado que andam por aí gandulos a fazer das suas."
"Eu sei, mas disso há em todo o lado. Há que aproveitar estes momentos, senão como seríamos felizes ao ignorar estes pequenos prazeres da vida?"
"Mais uma vez, tens razão. É raro alguém dar valor a isto! Bem, vou ali ajudar no barco. Boa noite."
"Boa noite, bom trabalho e sorte."

É impressionante a força de quem vive realmente a vida com tudo o que é ignorado pelo mundo. A simplicidade é deliciosa e confortável quando se acredita e se quer mesmo algo na vida.

Amanhã é outro dia e se o sol não brilhar a noite estará presente para aquecer a alma.

PG

terça-feira, 7 de maio de 2013

Era uma noite como as outras, ela esboça o seu sorriso de fazer cair uma estrela do céu. Ele não resiste e aproxima-se, ultimamente têm estado mais próximos do que era esperado.
Os olhares não se cruzam, fixam-se, penetram nos pensamentos e vontades. Um enorme desejo de estarem sozinhos cresce à medida que a noite avança para a madrugada.
Trocam-se carinhos, explicam-se motivações, partilham-se experiências,... Cresce ainda mais o desejo.
Saiem de onde não estariam em condições de aproveitar a chama ardente do desejo.
Já num lugar intimista, abraça-a e ela sente como se fossem uma só pessoa. Não resistem muito mais tempo e trocam um beijo, tímido, doce, lento que dá lugar a muitos outros extremamente mais intensos.
Ela ofegante explora o corpo dele de uma forma calculista, ele não aguenta mais e sugere-lhe ao ouvido para irem a algum sítio mais reservado, ao que ela acede prontamente como se já desejasse esse momento desde sempre.
Entram no carro, ofegantes, cheios de desejo. Escolhem ir para casa dele.
A viagem não foi fácil pois já estavam em dor de tanta expectativa.
Chegados ao apartamento, os preliminares demoraram uma eternidade, ambos em profundo prazer beberam aquele momento como se fosse a última vez que estariam juntos.

Foi mágico.


PG