terça-feira, 8 de maio de 2007

Trabalhadores da Gestnave exigem integração na Lisnave

Trabalhadores da Gestnave e empresas associadas deslocam-se quinta-feira à residência oficial do primeiro-ministro para exigirem a integração no quadro da Lisnave, como previsto no acordo entre a empresa e o Estado, foi hoje anunciado.

Segundo Miguel Moisés, da Comissão de Trabalhadores da Gestnave e empresas associadas, durante a paralisação (8:00/12:00) terá lugar uma «tribuna pública» no Jardim das Francesinhas, para exigir o cumprimento do protocolo assinado entre a Lisnave e o Estado em 1997.

«Os trabalhadores da Gestnave e empresas associadas (Erecta, ACI e EPA) vão também exigir reuniões quadripartidas, no prazo de 30 dias, entre o Estado (Ministérios da Economia e Finanças), administradores da Gestnave e Lisnave e representantes dos trabalhadores», acrescentou Miguel Moisés.

«O Protocolo de Acordo/97 obrigava a empresa de reparação naval a incluir 1.339 trabalhadores no seu quadro de pessoal mas, neste momento, a Lisnave tem menos de 400 efectivos e mais de 1.500 em situação de trabalho precário», lembrou Miguel Moisés.

Se entretanto não obtiverem resposta do Governo, os trabalhadores da Gestnave prometem realizar uma nova «tribuna pública» junto à Presidência da República, no dia 21 de Junho de 2007.

Por outro lado, garantem que vão continuar a denunciar o alegado incumprimento do protocolo de acordo/97 nas instâncias comunitárias, designadamente junto dos presidentes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia.

A Gestnave foi constituída pelo Estado no âmbito do processo de reestruturação da indústria naval do Distrito de Setúbal, na sequência do encerramento dos estaleiros da Margueira, em Almada, e a transferência da Lisnave para a antiga Setenave, em Setúbal.

A empresa tinha como principal objectivo fornecer mão-de-obra à Lisnave e minimizar os impactes sociais decorrentes da redução de trabalhadores nos estaleiros navais de Setúbal e do encerramento dos estaleiros da Margueira, em Almada.

Fonte: Diário Digital/Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

São aquelas movimentações que sempre antecedem qualquer Greve Sectorial ou (que é o que está previsto) Geral.
Não tem nada que saber, está nos velhinhos livros comportamentais destes sindicalistas.