terça-feira, 2 de setembro de 2003

Relacionar ou estar relacionado ?

Uma relação entre duas pessoas é algo muito complicado, pois envolve sempre duas vertentes comportamentalistas diferentes.
Existe sempre o factor «choque», pois nós não somos programados para concordar exactamente com tudo o que uma pessoa diz, ou seja, não existem almas gémeas, até os gémos verdadeiros têm diferenças.
O que para mim é sempre um factor saudável para uma relação, as pessoas serem muito diferentes, o que exige mais capacidade relacional.

Pois bem, então, mas se é assim tão difícil o relacionamento, porque é que as pessoas se apaixonam umas pelas outras ?

É muito doloroso quando saímos de um relacionamento que não deu certo, seja ele de índole amoroso ou mesmo um relacionamento de amizade.
Pois, quando se investe numa relação com outra pessoa, é porque de certo modo existe algo que nos chama a atenção nessa mesma pessoa, a partir daí tenta-se construir algo de positivo, algo de forte, um sentimento bonito, mas por vezes esquece-se do mais importante.
Penso que é muito importante é haver respeito pelas outras pessoas, sejam elas quem forem, mesmo que sejam pessoas que não conhecemos.

Já vi muitas relações começarem, acabarem, reactivarem-se, mas nunca vi uma relação de respeito total entre duas pessoas.

Sendo assim, isto isso só me faz pensar que temos sempre de nos esforçar para maximizar esse sentimento de respeito que deve ser partilhado entre quem sente, quem ama, quem é apaixonado, quem gosta, quem odeia, quem não gosta, quem despreza, quem vive...enfim entre quem além de viver, deixar viver aqueles que vivem.

Talvez o egocentrismo e o egoísmo sejam os maiores inimigos do respeito, numa relação, e isso é algo que faz com que alguém dificilmente se consiga (enquanto ergue estas duas grandes barreiras) relacionar com quem quer que seja, e por vezes até consigo próprio.

Sair de um relacionamento amoroso, talvez seja das experiências mais dolorosas, pois trata-se sempre da busca incessante da imagem fictícia da humanidade - a «alma gémea» - e portanto aposta-se sempre muito numa relação deste tipo.
O problema é quando corre mal pela primeira vez em que houve uma entrega total, pois seguidamente a uma experiência deste género, o relacionamento vai ser sempre mais díficil, erguem-se barreiras difíceis de derrubar e a esperança já não é a mesma.

Mas "o tempo cura tudo"...será mesmo ???

Sou mais apologista de :
Com o passar do tempo vai-se escapando e perdendo tudo...

PG

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