sexta-feira, 5 de setembro de 2003

Sentir

Sentir, que dádiva tão graciosa. Sim, porque nem tudo o consegue realizar.

Imagine-se uma pedra, com milhares de pedras á sua volta, será que ela sente que não está ali sozinha ? Será que sente empatia por algumas e ódio por outras, será que sente amor por alguma em especial e fica destroçada quando lhe retiram esse amor e o transformam em simples areia ?

Imagine-se o que era se não sentíssemos nada, apenas vivessemos ao sabor deste tempo que não existe e nos limitássemos a desaparecer um dia, ou quem sabe, nunca.

Amar é um sentimento formidável, mas será que vale a pena o sentir ? Será que não seria mais razoável saber que ele existe e não o sentir, pois assim se dexássemos de amar, o sentimento apenas deixava de existir e não teríamos que sentir a sua perda...

Eu amo, odeio, gosto, desgosto, considero, desprezo, e não!!! Não quero deixar de sentir tudo isto, o sentimento faz-me crescer, dá-me a conhecer mais de mim e do que me rodeia.

Sim, sentir! Já pensaram o que seria não termos alguém que quem gostar imenso, e esse alguém nos magoar, desprezar, pisar e por vezes nos dar esperenças, acarinhar, paparicar...assim conseguimos construir algo de racional, manter ou não um sentimento.

Caso contrário, seria como se fossemos a pedra e de um momento para o outro...simplesmente areia.

Aproveitem para sentir, agarrar o vosso sentimento, amem, apaixonem-se, e se for necessário odeiem, desprezem, mas nunca se esqueçam de sentir o que realmente sentem.

PG

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