Não vem de longe. Mesmo assim não deixa de ser mais importante.
Tudo o que me dizes não me espanta. Digo-te e repito, volto a dizer e repito de novo. Não me canso. Valerá a pena? Não sei. Sei apenas que o vou fazer sempre.
A insistência é o fruto da nossa convicção. O sentimento não é uma convicção. É mais. É maior. É enorme, chegando mesmo a ser infinito. Não esquecer e acreditar são convicções.
Amar é intrínseco, não chega a ser uma convicção, mas também não é um sentimento. É um misto dos dois. É uma consequência. Ninguém ama porque acredita que sim ou porque o sente. Amo porque a minha convicção e o meu sentimento chegaram a um estado superior. Não há volta a dar. Ali tudo é intocável. É para sempre, aconteça o que acontecer.
Não há fim. Apenas uma continuação. Um amadurecimento.
Vale a pena? A resposta mais fácil é dizer que sim. Dizer que sim resolve quase tudo. É submisso. Não dá muita margem de progressão, apenas adivinha um fim inevitável. Não, não vale a pena, mas é bom. É o preencher de um espaço vazio que nunca será totalmente ocupado. Dizer que não é o abrir a porta ao infinito.
Esse infinito é o alcançar do estado de sobriedade necessária para admitir que amar é bom e não chega.
Até quando? Não haverá limite, pois o amor é uma necessidade convicta de amadurecer um sentimento.
PG
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